Contaminação bacteriana
Se você deixar que as bactérias cresçam sem controle, elas podem criar estruturas chamadas biofilmes. Essas estruturas permitem que elas adiram à maioria das superfícies, como plásticos, madeira e metais, inclusive aço inoxidável. Teste a contaminação bacteriana no ar comprimido, no ar ambiente ou em superfícies com o Trace Analytics
Contaminação bacteriana – Testes de ar, gás e superfície
As bactérias são organismos microscópicos e unicelulares que existem em todos os ambientes. Há milhões de bactérias e elas podem existir tanto dentro quanto fora de outros organismos. Alguns organismos, como a E. coli, podem ser benéficos. As bactérias sustentam muitas formas de vida, tanto vegetais quanto animais, e são usadas para fins industriais e medicinais. Entretanto, as bactérias que se reproduzem sem controle ou crescem em áreas indesejadas podem ser muito perigosas. Elas podem colocar seres humanos e animais em risco. As bactérias podem sobreviver em compostos orgânicos e alguns inorgânicos, e algumas podem viver em condições extremas (apropriadamente chamadas de extremófilas). O nível de umidade disponível para a reprodução bacteriana determina o tipo de bactéria que pode se reproduzir. Algumas bactérias podem sobreviver por meses em superfícies secas (5).
Se você deixar que as bactérias cresçam sem controle, elas podem criar estruturas chamadas biofilmes. Essas estruturas permitem que elas adiram à maioria das superfícies, como plásticos, madeira e metais, inclusive aço inoxidável. “As bactérias aderem, tenazmente e muitas vezes com especificidade requintada, a superfícies que vão desde o dente ou pulmão humano e o intestino de uma vaca até uma rocha submersa em um riacho de movimento rápido (3)”, de acordo com Costerton et al. Essa capacidade de aderir a superfícies mesmo em ambientes turbulentos (como sistemas de ar comprimido) é possível devido às fibras orgânicas que a bactéria produz, chamadas polissacarídeos. Essa qualidade torna a remoção de bactérias bastante desafiadora, pois os microrganismos podem “grudar” nos tubos do sistema.
Quem está em risco de contaminação bacteriana?
O ar comprimido, que é gerado no local puxando o ar ambiente e comprimindo-o, contém vapor de água, material particulado, vapor e gotículas de óleo e microorganismos. O ar atmosférico pode conter até 100 milhões de microorganismos por 1.000 litros (4). Ao empregar o uso de um plano HACCP e uma avaliação de risco, as instalações que usam ar comprimido podem começar a criar e implementar um plano de monitoramento adequado. Saiba mais sobre os limites microbianos do ar comprimido aqui.
As instalações de fabricação, embalagem e distribuição de alimentos correm o risco de contaminação bacteriana de várias fontes. Facas de ar, depuradores e espanadores de partículas são todos usos de ar comprimido que entram em contato direto com os itens alimentares consumíveis. Muitos desses alimentos têm uma etapa de eliminação por calor para proteger os consumidores. O contato indireto, como o uso de ar comprimido para soprar pisos e tampos de mesa, pode fazer com que os micróbios encontrem embalagens e alimentos. Às vezes, isso ocorre após a etapa de eliminação ou afeta um produto que não utiliza essa etapa. O simples ato de soprar a farinha de uma bancada de trabalho com ar comprimido é suficiente para distribuir o organismo por toda a instalação com uma única varredura. Os alimentos prontos para o consumo correm alto risco se a contaminação for introduzida nos últimos estágios do processamento. Uma contaminação como essa pode permanecer com o alimento até o consumidor, pois não há cozimento ou estágio de eliminação pelo calor.
O controle da contaminação bacteriana é um aspecto crítico no setor de fabricação de produtos farmacêuticos devido aos riscos à saúde do paciente. As bactérias podem estragar os produtos, consumir os nutrientes ou alterar o sabor dos medicamentos, independentemente de sua forma. A identificação da contaminação bacteriana é a melhor maneira de identificar a fonte, o que permite que uma instalação antecipe o impacto da carga biológica sobre os produtos.
Modos de identificação bacteriana
Macroscópico
A primeira etapa da identificação é contar as unidades formadoras de colônias que crescem em uma placa de ágar. Uma única coleção de um tipo de bactéria é uma colônia individual. As colônias bacterianas são visualizadas macroscopicamente a olho nu e descritas como abobadadas, elevadas, planas, lisas, em enxame, com bordas irregulares ou lisas etc. Algumas placas de agarose têm aditivos como sangue, que permitem que as enzimas das bactérias transformem a agarose ao redor da colônia, dando a ela um efeito de halo. A identificação solta pode ser feita observando-se como as bactérias interagem com o sangue na placa de agarose. Entretanto, a identificação macroscópica é apenas descritiva e dificilmente é uma forma adequada de identificação e classificação. Para identificar as bactérias, são necessárias mais informações.
Microscópico
Basicamente, existem três tipos diferentes de bactérias: Gram-positivas, Gram-negativas e as bactérias que são Gram-indeterminadas. A coloração de Gram é uma técnica que envolve um corante primário, um mordente, um descolorante e um corante secundário. Uma vez aplicado a um esfregaço bacteriano puro em uma lâmina de microscópio, o cientista pode ver a forma celular da bactéria, bem como a reação de Gram (positiva, negativa ou indeterminada). As reações de Gram são baseadas na estrutura da parede celular externa da bactéria aplicável e aparecem em roxo (Gram positivo) ou rosa (Gram negativo) sob microscopia de imersão em óleo de 100X (com ocular de 10X). Depois que a bactéria é corada, o cientista pode observar a forma celular do organismo.
As bactérias são classificadas de acordo com a forma: coccus ou bastonete. As bactérias coccus podem ser subtipadas em coccus, dicoccus, streptococcus etc. As bactérias em forma de bastonetes ou bacilos também são subtipadas como estreptobacilos, bacilos, diplobacilos e paliçadas. Há também outras formas celulares, como espirilas, vibrios, espiroquetas e Corynebacterium.
A coloração de Gram é um método de análise barato, eficaz, rápido e relativamente fácil. É uma etapa fundamental na identificação da maioria das bactérias contaminantes encontradas em recalls de alimentos e produtos farmacêuticos. Embora a técnica tenha mais de 150 anos e seja geralmente considerada menos informativa do que a identificação molecular, ela ainda é comumente utilizada em laboratórios de microbiologia em todo o mundo. Ela é muito eficaz para a notificação de primeira resposta. A Listeria sempre será Gram-positiva e a E.coli sempre será Gram-negativa. Portanto, se o relatório da sua amostra de ar comprimido declarar que o ar contém bactérias Gram-positivas e você estiver preocupado apenas com coliformes (bactérias Gram-negativas encontradas nas fezes e nos intestinos de animais de sangue quente), você não precisará gastar o dinheiro extra em técnicas moleculares para identificação.
Identificação em ágar cromogênico
Outro tipo de identificação microbiana é a identificação presuntiva. A identificação presuntiva se baseia na cor, na morfologia da colônia, no crescimento em meios seletivos, na coloração de Gram e em outras reações enzimáticas. O uso de indicadores de cor permite a identificação precoce e resultados rápidos. Em geral, o meio cromogênico é um método alternativo mais rápido e menos dispendioso do que a identificação molecular. Esse meio permite que um laboratório identifique rapidamente a presença de patógenos ou bactérias associadas a problemas sanitários. Esse ágar cromogênico tem a vantagem de ser seletivo e diferencial, pois somente espécies bacterianas específicas podem crescer nele. As bactérias-alvo apresentam características de estrutura e cor, que podem ser usadas para fazer a identificação. É uma opção rápida e econômica para a identificação presuntiva. A agarose cromogênica permite a detecção rápida e confiável de bactérias como Listeria, Salmonella, Shigella, E.coli e coliformes. Eles podem ser analisados em até 24 horas após a incubação.
Identificação confirmatória
A identificação confirmatória utiliza técnicas moleculares atuais para afirmar com certeza que o organismo foi identificado com precisão. Atualmente, há muitos métodos de identificação molecular para você escolher, como: reação em cadeia da polimerase, MALDI-TOF, cromatografia gasosa, espectrometria de massa e sequenciamento genético. Esses tipos de técnicas moleculares são a pedra angular para identificar definitivamente o gênero, a espécie e a subespécie do microrganismo desconhecido.
Identificação microbiana por gênero/espécie
Cada gênero e espécie de organismo tem sensibilidades específicas a determinados produtos químicos, enzimas e medicamentos, bem como a capacidade de metabolizar determinados compostos. O Trace Analytics pode testar diferentes propriedades exibidas por diferentes bactérias, leveduras e fungos filamentosos para “identificar” o organismo. Nosso laboratório credenciado pela 17025 é capaz de identificar em sua biblioteca de impressões digitais mais de 2.900 espécies. Saiba mais aqui.
Testes realizados Simples Preciso Fácil
O laboratório da Trace Analytics é credenciado pela American Association for Laboratory Accreditation. Usamos equipamentos de laboratório de última geração que nos permitem analisar centenas de amostras de ar comprimido e ambientais diariamente. O resultado é a consistência, a exatidão, a precisão e o rápido retorno. A Trace é um laboratório credenciado pela A2LA em conformidade com a ISO 17025, certificado nº 0322-01.
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